sábado, 28 de março de 2015

Jesus e a Páscoa

Estamos às portas de mais uma celebração da Páscoa. Mas que tipo de celebração é essa? Será que está resumida a reunião familiar e distribuição de chocolates? Será que se tornou somente mais uma data do calendário capitalista para aumentar o faturamento das grandes empresas chocolateiras? Afinal de contas. O que é a Pascoa?

No primeiro mês do calendário judaico, Abibe ou Nisã (Março/Abril), foi instituída a Páscoa (Êxodo 12.1-14). A palavra Páscoa vem do termo hebraico pesach, que significa passagem. E como o próprio nome sugere, foi a passagem do povo judeu da realidade do cativeiro para uma vida livre. Para o povo judeu a Páscoa é a celebração da libertação do cativeiro egípcio, sob a liderança de Moisés. As famílias sacrificaram um cordeiro, de um ano e sem defeito, e marcaram os umbrais das portas com seu sangue para que a decima praga não atingisse sua casa. Após a morte de todos os primogênitos, exceto os primogênitos israelitas, o povo é liberto do cativeiro. Mas tal acontecimento apontava para uma libertação maior, de outro cativeiro. Agora, um outro cordeiro seria morto, mas para libertar de um cativeiro mais forte e mortal que a escravidão egípcia.

O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1. 29).

Em Jesus Cristo a Pascoa toma outro significado. Pois o Cordeiro de Deus veio tirar o mundo de um domínio muito maior, domínio esse que o ser humano por si só não pode sair ou fugir. O domínio do pecado.

O pecado é algo devastador. Nas palavras do apóstolo Paulo “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6. 23a). O pior cativeiro é o do pecado, pois ele lhe dá a suposta aparência de liberdade. Não é como o cativeiro egípcio que era visível e claro para todo o povo, com sofrimento e trabalho forçado. O pecado seduz, ele lhe interpola, está sempre pronto a fazer convites para todos.

E como “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23), estamos todos nesse cativeiro, estamos todos alienados de Deus. E como Deus é o autor e mantenedor da vida, separados dEle caminhamos para morte. Mas há uma esperança para a humanidade, e tal esperança está no “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Jesus é o verdadeiro cordeiro pascoal. Em Jesus podemos agora experimentar a vida e todo o seu significado. Pois Ele veio “para dar vida e vida em abundância” (João 10.10). Em Jesus podemos nos ver livres da condenação do pecado. Em Jesus somos convidados a uma nova realidade de vida. Como diz o apostolo Paulo, em 1 Coríntios 5. 7-8:

O Messias, nosso cordeiro pascal, já foi sacrificado na refeição da Páscoa, e nós somos o pão sem fermento, que faz parte da festa. Portanto, participemos dessa festa, não como pão inchado com fermento do mal, mas como pão sem fermento – sincero e genuíno. (BÍBLIA A MENSAGEM).

Portanto, somos chamados a celebrar a Páscoa através do prisma do sacrifício salvífico de Cristo. O Cordeiro de Deus nos deu uma nova realidade de vida. E é isso que devemos trazer a memória quando nos reunirmos como família ou em família para celebrar a Páscoa do Senhor Jesus Cristo.


BIBLIOGRAFIA
·         A Bíblia Anotada: edição expandida / Charles C. Ryrie. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.
·         A Mensagem: Bíblia em Linguagem Contemporânea / Eugene H. Peterson; São Paulo: Editora Vida, 2011.
·         Manual Bíblico SBB; tradução de Lailah de Noronha, Sp: Sociedade Bíblica do Brasil 2º ed. revisada, 2010.
·         Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005


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