Estamos às portas de mais
uma celebração da Páscoa. Mas que tipo de celebração é essa? Será que está
resumida a reunião familiar e distribuição de chocolates? Será que se tornou
somente mais uma data do calendário capitalista para aumentar o faturamento das
grandes empresas chocolateiras? Afinal de contas. O que é a Pascoa?
No primeiro mês do
calendário judaico, Abibe ou Nisã (Março/Abril), foi instituída a Páscoa
(Êxodo 12.1-14). A palavra Páscoa vem do termo hebraico pesach, que
significa passagem. E como o próprio nome sugere, foi a passagem do povo judeu
da realidade do cativeiro para uma vida livre. Para o povo judeu a
Páscoa é a celebração da libertação do cativeiro egípcio, sob a liderança de
Moisés. As famílias sacrificaram um cordeiro, de um ano e sem defeito, e marcaram
os umbrais das portas com seu sangue para que a decima praga não atingisse sua
casa. Após a morte de todos os primogênitos, exceto os primogênitos israelitas,
o povo é liberto do cativeiro. Mas tal acontecimento apontava para uma
libertação maior, de outro cativeiro. Agora, um outro cordeiro seria morto, mas
para libertar de um cativeiro mais forte e mortal que a escravidão egípcia.
O Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo (João 1. 29).
Em Jesus Cristo a Pascoa
toma outro significado. Pois o Cordeiro de Deus veio tirar o mundo de um
domínio muito maior, domínio esse que o ser humano por si só não pode sair ou
fugir. O domínio do pecado.
O pecado é algo devastador.
Nas palavras do apóstolo Paulo “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6. 23a).
O pior cativeiro é o do pecado, pois ele lhe dá a suposta aparência de
liberdade. Não é como o cativeiro egípcio que era visível e claro para todo o
povo, com sofrimento e trabalho forçado. O pecado seduz, ele lhe interpola,
está sempre pronto a fazer convites para todos.
E como “todos pecaram e
carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23), estamos todos nesse cativeiro,
estamos todos alienados de Deus. E como Deus é o autor e mantenedor da vida,
separados dEle caminhamos para morte. Mas há uma esperança para a humanidade, e
tal esperança está no “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Jesus é o verdadeiro
cordeiro pascoal. Em Jesus podemos agora experimentar a vida e todo o seu
significado. Pois Ele veio “para dar vida e vida em abundância” (João 10.10). Em
Jesus podemos nos ver livres da condenação do pecado. Em Jesus somos convidados
a uma nova realidade de vida. Como diz o apostolo Paulo, em 1 Coríntios 5. 7-8:
O
Messias, nosso cordeiro pascal, já foi sacrificado na refeição da Páscoa, e nós
somos o pão sem fermento, que faz parte da festa. Portanto, participemos dessa
festa, não como pão inchado com fermento do mal, mas como pão sem fermento –
sincero e genuíno. (BÍBLIA A MENSAGEM).
Portanto, somos chamados a
celebrar a Páscoa através do prisma do sacrifício salvífico de Cristo. O Cordeiro
de Deus nos deu uma nova realidade de vida. E é isso que devemos trazer a
memória quando nos reunirmos como família ou em família para celebrar a Páscoa
do Senhor Jesus Cristo.
BIBLIOGRAFIA
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A Bíblia Anotada: edição expandida / Charles
C. Ryrie. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.
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A Mensagem: Bíblia em Linguagem Contemporânea
/ Eugene H. Peterson; São Paulo: Editora Vida, 2011.
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Manual Bíblico SBB; tradução de Lailah de
Noronha, Sp: Sociedade Bíblica do Brasil 2º ed. revisada, 2010.
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Strong, James: Léxico Hebraico, Aramaico E
Grego De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2002; 2005
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